Ricardo Valez

terça-feira, 17 de outubro de 2000

Homem Besta Fera

Coitada a besta, fera sobre a terra desolada
Ignorante, sem razão ou filosofia do seu ser
Nem qualquer desejar naquilo que o seu parecer

Mas é pura, livre de mácula indesejada
Qual a sua estupidez… ou sua sorte talvez
Ou até inteligência superior… mas nem por tal invejada

Mas quem sonha ou imagina o seu desejar
Se não homem em desejo de forte imaginar
Na infelicidade da falta do seu próprio sonhar?

Pois em dúvida na sua supremacia se acabar
Pela qual insatisfação criada pelo seu alto voar
E a voracidade da própria verdade, em tal ignorar

Porém, quem é sábio em sua suficiência
Para contar o quanto da sua ignorância
Porque quem cego pela demência
Não faz do seu desejo a sua arrogância?