Pela natureza que se fez em mim voracidade
Fiz-me doutor da luz que me brilha em verdade
Como se por um só corpo e coração,
Sentisse uma e outra emoção
Mas uma só na minha mão
E ainda assim não consigo dar uso à minha mente
Nem consigo compreender o que não se sente
Nem porque se chama sem se querer dar voz ou ouvir
Porque se o faço ou fiz, fiz para só sentir.
Para todas as almas que procuram algo que lhes toque, busquem antes o que vos agrade e não o que vos fizer duvidar.
Ricardo Valez
domingo, 15 de setembro de 2002
sexta-feira, 28 de junho de 2002
Ver e Lembrar
O Sol brilha e ilumina mil maravilhas
Mas se olho à sua beleza, nem a quero ver
A Lua?! Essa, canta só o seu romantismo
E se não o compreendo, nem o quero aprender
Ignoro o conto da estrela e o seu cintilar
Ignoro a manha e o doce do meu lar
Cego e surdo, sou à história do meu sonhar
E paro, assim, perante a dança do teu mar
Porque, quem sobe sobre as nuvens
E sob as mesmas não as faz lembrar?
Quem desce sob o mar profundo
E sobre o mesmo esquece o seu embalar?
Ninguém?!
Pois se ninguém
Como posso, eu, entrar em ti
E sobre ti esquecer quem és?
Como posso olhar-te o olhar
Fechar os meus e não lembrar que tu és?
E quem sou eu, sem resposta à minha pergunta?
E quem sou eu, sequer, para fazer tal pergunta?
Se pergunto, pergunto só pela dúvida do que sou
De quem sou, onde estou e a quem me dou
Sou só, alma que vive espontânea na emoção
Sou constante queda para cair só na tua mão
Fecho os meus olhos e vejo mais que a visão
Sou cego na carne mas vejo-te em tudo pelo coração.
Mas se olho à sua beleza, nem a quero ver
A Lua?! Essa, canta só o seu romantismo
E se não o compreendo, nem o quero aprender
Ignoro o conto da estrela e o seu cintilar
Ignoro a manha e o doce do meu lar
Cego e surdo, sou à história do meu sonhar
E paro, assim, perante a dança do teu mar
Porque, quem sobe sobre as nuvens
E sob as mesmas não as faz lembrar?
Quem desce sob o mar profundo
E sobre o mesmo esquece o seu embalar?
Ninguém?!
Pois se ninguém
Como posso, eu, entrar em ti
E sobre ti esquecer quem és?
Como posso olhar-te o olhar
Fechar os meus e não lembrar que tu és?
E quem sou eu, sem resposta à minha pergunta?
E quem sou eu, sequer, para fazer tal pergunta?
Se pergunto, pergunto só pela dúvida do que sou
De quem sou, onde estou e a quem me dou
Sou só, alma que vive espontânea na emoção
Sou constante queda para cair só na tua mão
Fecho os meus olhos e vejo mais que a visão
Sou cego na carne mas vejo-te em tudo pelo coração.
sábado, 30 de março de 2002
Encontro
Só espero hoje poder ouvir a tua voz
Só espero deixar a solidão e contigo estar a sós
Só espero hoje poder ver o teu olhar
Só espero cegar, calar e ouvir o teu embalar
Ver o céu cair, a terra partir e o mar erguer
Sobre mim acabar mas deixar e esquecer
Porque a tua mão é mais que a tempestade
E o teu beijo é caos a toda a sanidade
Esqueço tudo para só a ti lembrar
Só lembro nada senão o que me fazes cantar
Faço da escrita a minha voz pelo que faço sentir
Sinto o cair sobre nada e sobre tudo então subir
Esqueço nada e lembro tudo quando tudo tu és
Pelo sentido de sentir nada senão o quanto tudo tu és
E se tudo tu és, nada mais há que possa ser movido
Nada para expressar infinitas palavras a um só sentido
Porque a poesia brota em mim como se à Primavera me cantasses
Mas és quatro estações de mil e uma faces
Porque és como o mar que recua sem eu estar pronto
Como o mar que avança e anseio ao teu encontro.
Só espero deixar a solidão e contigo estar a sós
Só espero hoje poder ver o teu olhar
Só espero cegar, calar e ouvir o teu embalar
Ver o céu cair, a terra partir e o mar erguer
Sobre mim acabar mas deixar e esquecer
Porque a tua mão é mais que a tempestade
E o teu beijo é caos a toda a sanidade
Esqueço tudo para só a ti lembrar
Só lembro nada senão o que me fazes cantar
Faço da escrita a minha voz pelo que faço sentir
Sinto o cair sobre nada e sobre tudo então subir
Esqueço nada e lembro tudo quando tudo tu és
Pelo sentido de sentir nada senão o quanto tudo tu és
E se tudo tu és, nada mais há que possa ser movido
Nada para expressar infinitas palavras a um só sentido
Porque a poesia brota em mim como se à Primavera me cantasses
Mas és quatro estações de mil e uma faces
Porque és como o mar que recua sem eu estar pronto
Como o mar que avança e anseio ao teu encontro.
domingo, 17 de março de 2002
Contigo
Quando não estás perto
Deixo o ouro, nem tem valor
Quando estou contigo
Preciso só do teu calor
Quando procuro e não te encontro
Despojo-me da pérola mais brilhante
Aquando soa, em unissono, aquilo que somos
Sou alma viva de voz constante
Teu calor ferve-me o sangue em cada veia
Teu ser arde-me translúcido, vidro após areia
Tua voz ecoa em mim, eternamente
Teus lábios despertam os meus
O que de outra forma não se sente
Ao brilho de um relâmpago ofuscado pelo teu olhar
Deste, vejo a porta para alma, teu cantar
E ao cair da chuva fria mas aquecida pela nossa união
O desejo de calar e falar só pelo coração
Porque de que me serve falar e não ouvir?
De que me serve poder e não sentir?
Não seria, eu, olho sem visão?
Não seria sentimento sem razão?
Hnfum…
Quando sei que forço mas não sei
Morro ou vivo, esqueço e ignoro
Quando sei, sinto e não forço
Vivo ou morro e nem me demoro
Porque não se faz sentido no que sou à tua existência
Não se faz sentido no quanto me dou nem a minha insistência
Sou mil águas de um rio mas de uma só fonte
Sou céu e és mar e só nos encontramos ao horizonte
Porém, ao teu ser, espírito e alma vejo vidro transparente
Minha palavra é forte fogo de fôlego inconsciente
Mas que inspira o sopro À sorte do que és feita
E expira a lei e o quanto mais a alma não respeita
Porque esqueço tudo quanto sei
E não conto nem parte do quanto te dei
Minha alma é nua e sem vergonha na tua frente
Sou tanto quanto não sou, sou inimigo à minha mente
Naquilo que olho ao teu corpo e À tua beldade
Os meus olhos não podem ver
Desconheço só o que não sei e ignoro a vaidade
Sou cego a como és porque sou cego pelo teu ser
Sou fraca rocha no teu mar e só por ti posso sofrer.
Deixo o ouro, nem tem valor
Quando estou contigo
Preciso só do teu calor
Quando procuro e não te encontro
Despojo-me da pérola mais brilhante
Aquando soa, em unissono, aquilo que somos
Sou alma viva de voz constante
Teu calor ferve-me o sangue em cada veia
Teu ser arde-me translúcido, vidro após areia
Tua voz ecoa em mim, eternamente
Teus lábios despertam os meus
O que de outra forma não se sente
Ao brilho de um relâmpago ofuscado pelo teu olhar
Deste, vejo a porta para alma, teu cantar
E ao cair da chuva fria mas aquecida pela nossa união
O desejo de calar e falar só pelo coração
Porque de que me serve falar e não ouvir?
De que me serve poder e não sentir?
Não seria, eu, olho sem visão?
Não seria sentimento sem razão?
Hnfum…
Quando sei que forço mas não sei
Morro ou vivo, esqueço e ignoro
Quando sei, sinto e não forço
Vivo ou morro e nem me demoro
Porque não se faz sentido no que sou à tua existência
Não se faz sentido no quanto me dou nem a minha insistência
Sou mil águas de um rio mas de uma só fonte
Sou céu e és mar e só nos encontramos ao horizonte
Porém, ao teu ser, espírito e alma vejo vidro transparente
Minha palavra é forte fogo de fôlego inconsciente
Mas que inspira o sopro À sorte do que és feita
E expira a lei e o quanto mais a alma não respeita
Porque esqueço tudo quanto sei
E não conto nem parte do quanto te dei
Minha alma é nua e sem vergonha na tua frente
Sou tanto quanto não sou, sou inimigo à minha mente
Naquilo que olho ao teu corpo e À tua beldade
Os meus olhos não podem ver
Desconheço só o que não sei e ignoro a vaidade
Sou cego a como és porque sou cego pelo teu ser
Sou fraca rocha no teu mar e só por ti posso sofrer.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2002
Saudade
Cego na luz, vejo só o teu olhar
Surdo ao som, ouço só o teu cantar
Deixo a dor para sentir pelo coração
Esqueço o tempo e anseio pela tua mão
É assim, quão grande esta saudade
Fala e grita mais que a sanidade
Perdoa-me se não a consigo controlar
Mas cego, em silêncio, assim, espero para te encontrar.
Surdo ao som, ouço só o teu cantar
Deixo a dor para sentir pelo coração
Esqueço o tempo e anseio pela tua mão
É assim, quão grande esta saudade
Fala e grita mais que a sanidade
Perdoa-me se não a consigo controlar
Mas cego, em silêncio, assim, espero para te encontrar.
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