Ó mundo, decrépito mundo
O teu fogo arde mais
Mas sempre és o segundo
Nunca deixaste de ser
Pelo fogo
Que não se fez arrefecer
Passas e voltas a passar
Ora não sobre ti somente
Porque tens vida mas sem viver
Pois quão decrépito o que se sente
Não há viagem nem tempo
Que se faça maior gravidade
Porque é a luz que te faz brilhar, ó mundo
O porque vives, sua demente sanidade
Oh mundo! Vives pelo fogo que te arde
E levantas-te senão por cinzas, funerais
Arde agora mundo eu! Arde alma cobarde
Deixa de lhe ser e vive bem e mais!
Se me houvesse ainda honesta alegria
Rir-me-ia então, aberto à tua amarga ironia
Porque choro, não por cobardia
Mas pelo destino que ver nem posso.
Para todas as almas que procuram algo que lhes toque, busquem antes o que vos agrade e não o que vos fizer duvidar.
Ricardo Valez
segunda-feira, 28 de maio de 2007
sábado, 12 de maio de 2007
Sede Primavera – O Brilho De Uma Página Negra III
Ó Primavera, minha sede Primavera
Brilhas tu o mundo
Mas para sempre quem me dera?
Ora és e logo deixas de ser
Pela época
Que te deixa envelhecer
Morres e renasces
Ora bela e jamais mera
És vida e dás a viver
Da sede que és tu ó primavera
Não há tempo que te apresse
Há somente o mundo e a tua mão
Pois pudera também se pudesse
Ou não me seria a mais bela estação
Oh Primavera! És constante no meu amor
Mas és e logo deixas de ser
És e logo deixas o teu sabor
E ainda assim beijas o mundo ao teu querer
Porque não me és como um todo
Em vez de vento que expira sem inspirar?
Poder-me-ias ser esta estação
E ainda constante também o teu amar?
Brilhas tu o mundo
Mas para sempre quem me dera?
Ora és e logo deixas de ser
Pela época
Que te deixa envelhecer
Morres e renasces
Ora bela e jamais mera
És vida e dás a viver
Da sede que és tu ó primavera
Não há tempo que te apresse
Há somente o mundo e a tua mão
Pois pudera também se pudesse
Ou não me seria a mais bela estação
Oh Primavera! És constante no meu amor
Mas és e logo deixas de ser
És e logo deixas o teu sabor
E ainda assim beijas o mundo ao teu querer
Porque não me és como um todo
Em vez de vento que expira sem inspirar?
Poder-me-ias ser esta estação
E ainda constante também o teu amar?
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