Ao acordares, cantar-te-á o pássaro primaveril
Defronte cortinas de seda, flutuantes ao vento suave e gentil
E de luto à falecida chuva, gotejar-te-ão, em harmonia, cada gota irmã
E cedo antes do fogo de Este, já tu brilharás e iluminarás toda a manhã
Porque és mais que a noite, mais que o nascer de um dia
Maior que o amor e a dor, maior que a tristeza e a alegria
Porque menor é a água e o fogo, és pura em ardente delito
És meu passado, presente e futuro, és meu eterno infinito
Porém, o ontem é só dorida memória de um singular amor
Do qual, hoje, me inspiro para a ti me expressar em clamor
Para que amanhã me lembre deste dia na tua presença ausente
Fria e cruel memória de um ontem ainda tão presente
Porque é amargo, escuro ciclo vicioso
Soldado treinado, maligno e nunca ocioso
Porque maior é a minha fé e o meu cantar em ti
Mas és tudo em mim, és vida morta de nada de quanto vi.
Sem comentários:
Enviar um comentário