Ricardo Valez

quinta-feira, 9 de novembro de 2000

Parte da Nova Primavera

Abri atentos os meus ouvidos
E abriu-se também minha compaixão
Porque falaste de boca cheia
E aberto foi teu coração

Assim se compadeceu a minha alma
E desejou apaziguar a trovoada em plena calma
Da qual sentimento crescente pela presença da memória
Pela melodia que da tua voz, pois da alma à tua historia

Porque do mal fez-se todo o bem
E o melhor que a vida tem
É o bem que do mal advém
Porque olho a luz que brilha pela beleza do teu olhar
E sei que vejo a pureza apesar do forte teu pesar

Porque abri também eu, minha alma
E fez-se então entoar uma nova canção
Porque me falaste em ternura na tua amizade
E em verdade, e de lágrima escorrida pelo coração
Pois assim foi que escolhi segurar-te em toda a minha mão

Porque apesar de fechada ser a flor
E pequeno o sentimento que brota do coração
Sei que me és Primavera, mas sem querer o teu Verão

Porquanto, do refrigério da minha mente, é esta a minha vontade
Porque no que se sente, não há sentimento sem realidade
E servir-te-ei de escudo aquando precisares
E refúgio aquando do coração o desejares.

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